“A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele.” Hannah Arendt
Há 70 anos, em dezembro de 1948, foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos como resposta à perplexidade e horror diante das consequências catastróficas da Segunda Guerra Mundial, da ideologia nazista e do Holocausto.
Cinco anos antes, em meio à guerra e à ditadura do Estado Novo no Brasil, foi fundada a Escola Nossa Senhora das Graças, com base na premissa de que a educação é um instrumento para formar cidadãos comprometidos com a construção de uma sociedade justa e harmônica.
Declaração e Gracinha se relacionam na medida em que a educação para os Direitos Humanos perpassa todo trabalho pedagógico-educacional da escola, sendo presente como uma maneira de formar crianças e adolescentes para participar da vida democrática, exercitando seus direitos e deveres.
Para nós, essa abordagem é fruto do respeito pelo ser humano, por diferentes grupos sociais, diferentes culturas, modos de vida e tradições. É fruto da luta pelo reconhecimento e universalização da dignidade humana, pois acreditamos que igualdade e diversidade não são antagônicas.
A formação para a promoção de uma cultura de direitos – expressa na Constituição Federal de 1988 e na LDB de 1996 – ou seja, uma educação que se comprometa com a superação de todas as formas de discriminação, violência e preconceito, aparece transversalmente nos diferentes componentes curriculares; nos projetos de série, nos estudos de campo, nas pesquisas e leituras dos alunos, ao longo dos três níveis de ensino. Não é por acaso que o Gracinha investe nas assembleias de classe, na valorização do Grêmio e em outras iniciativas de política estudantil, no incentivo a projetos de protagonismo, como o MISG, o COG e outros debates regrados.
Nos cursos também são desenvolvidas ferramentas conceituais para uma análise rigorosa acerca dos problemas que a realidade social apresenta, para que nossos alunos sejam capazes de elaborar propostas de intervenção solidária na sociedade.
O Setor de Apoio à Aprendizagem e Participação, outro exemplo de nossas práticas pautadas em princípios humanos fundamentais, foi criado em 2009 com o objetivo de assegurar uma Educação para todos.
Comprometido em incentivar e desenvolver estratégias inclusivas que ajudem os estudantes a minimizar possíveis barreiras na aprendizagem e participação, as psicólogas escolares fomentam a discussão e a prática do trabalho com a diversidade. Em parceria com orientadores, professores e funcionários não docentes, pensam cada aluno – independentemente de sua condição física, psíquica, étnica, social, política, cultural e outras – como um sujeito singular, que pode aprender e se desenvolver a seu modo.
Os valores que regem a concepção de uma educação inclusiva são explicitados e debatidos em encontros com os alunos, com vistas a formar o aluno que queremos: respeitoso consigo e com o outro, responsável pelo seu aprendizado, generoso nas relações interpessoais e envolvido com o bem comum.
É uma escolha pedagógica do Gracinha que os alunos sejam estimulados a refletir sobre a realidade que os cerca, desde as relações mais próximas de sua rotina escolar às desigualdades e conflitos existentes na sociedade. Eles são constantemente convidados a atuar de maneira crítica e consciente, tomando posições e decisões para situações de exclusão, preconceito, injustiça e falta de ética.
Assim, reafirmamos nosso compromisso com a educação para os Direitos Humanos.
Escola Gracinha
Legenda: COG V (Ciências Organizadas do Gracinha), Encontro com candidatos a deputado federal e estadual organizado pelo Grêmio Estudantil, Assembleia Romana, MISG XIII (Modelo Interno de Simulação do Gracinha) e assembleia de classe.
#escolagracinha #gracinha75anos #ApoieOsDireitosHumanos #STANDUP4HUMANRIGHTS