No Ensino Fundamental II, aproximadamente dos 11 aos 14 anos, alunas e alunos passam por profundas transformações físicas e emocionais que reorientam o processo de formação da identidade. Algumas características da infância, como pais protetores, corpo e sentimentos de criança, adquirem outros significados, e pré-adolescentes e adolescentes começam a perceber sua própria subjetividade, buscando novos referenciais.
Inicia-se também um período de grande amadurecimento das capacidades cognitivas, caracterizado por aumento da autonomia de pensamento e maior rigor no raciocínio. Assim, o trabalho pedagógico-educacional do 6º ao 9º ano fornece à(ao) aluna(o) condições que estimulem o desenvolvimento cognitivo, o conhecimento de si mesmo e a construção de projetos pessoais, propondo-se a elas(es):
- o desenvolvimento da percepção e protagonismo pelo processo de aprendizagem;
- a promoção de atividades pedagógicas disciplinares ou interdisciplinares que possibilitem o desenvolvimento das capacidades cognitivas;
- a colocação de situações em que o comprometimento, a responsabilidade e a autonomia são essenciais para o encaminhamento e a solução de problemas;
- a contribuição para que se perceba e reflita sobre diferentes possibilidades de atuação nos diversos espaços e situações em que está inserido;
- o planejamento de atividades de trabalho em grupo que propiciem o diálogo, o respeito às diferenças, valorizando a diversidade como necessária à construção de todo e qualquer conhecimento;
- a colaboração no desenvolvimento do autoconhecimento a partir da reflexão sobre as transformações biopsicossociais que ocorrem na adolescência.